Rua Bresser - 47/51
Fundação em 1925, a Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich, escola judaica do bairro do Brás e vinculada à Sinagoga – Inauguração: 1937 e encerramento: 1972.
Projeto de autor desconhecido.
O edifício desta sinagoga assemelha-se a diversas outras do mesmo período. A entrada ao edifício, de paredes brancas e faixas verticais em pastilhas azuis, é possível através de dois portões laterais. Duas escadarias laterais e externas, também na cor azul, permite o acesso à ala masculina. Esta sinagoga era adornada com os símbolos do zodíaco ou Mazalót, tema artístico comum a várias sinagogas na Polônia. Recebeu tal pintura de um artista judeu polonês, que acabou por voltar para a Polônia antes da II Guerra Mundial. Possuía um salão ao fundo que foi, inclusive, utilizado na época em que estavam reformando e pintando a sinagoga, há mais de 25 anos. No primeiro piso há uma área externa e uma antessala com quadros e as placas de inauguração da sinagoga, é o acesso ao espaço interno da sinagoga, o setor masculino. Através de mais um lance de escadas, chega-se à ala feminina, a qual possui uma mureta que permite visibilidade à ala masculina. A área masculina é composta de um corredor central, e bancos em madeira nas laterais. Estes possuem espaços para que se guardem os livros de reza, como Sidurim e Machzorim. Cada banco possui uma pequena placa de identificação. Ao final do corredor situa-se a Bimá, em piso elevado, e o Aron Hakoseh. Janelas, situadas em uma das laterais da edificação e ao fundo desta, vidros translúcidos, alguns em tons de azul. Os janelões frontais correspondem praticamente ao piso das mulheres, e nestes, um “desenho” em formato que lembram as “Tabuas da Lei”. As portas em madeira e batentes retos ou em arco, também foram pintadas na cor azul.
Situação atual: edifício está conservado e a sinagoga mantem as rezas de Shacharit Shabat. Não foi possível recuperar as pinturas dos Mazalót do teto, acabando por serem perdidas. Porém recuperou-se as pinturas dos Mazalóts sobre as paredes brancas das muretas laterais, preservando-as. A “Sinagoga Israelita do Brás”, pelo que podemos ver ainda hoje, é um exemplo da arte presente nas sinagogas, que abrange tanto as pinturas dos mazalót, como os candelabros na Bimá, (com Maguen David nas laterais), os detalhes do bancos em madeira, o “Ner Tamid”, a capa de tecido do Aron Hacodesh, as Menorót que os ladeiam e as Torót guardadas com todo cuidado. Constatamos também as placas que identificam a diretoria e o conselho fiscal que construíram esta sinagoga, e o armário em madeira e vidro martelado, com uma Maguen David em madeira em detalhe, o qual guarda os livros de reza. No primeiro piso há uma área externa, atualmente coberta com plástico. As paredes, brancas, possuem pinturas de Mazalót/zodíaco nas muretas superiores.
Chazan: Oswie Solon, Itzhak Aizik Winer, Gerson Herszkowicz, David Iampolsky, Jaime Szabo, Abrahão Szmrewitch.
Pinturas dos Mazalót: As paredes, brancas, possuem pinturas de Mazalót/zodíaco nas muretas superiores. Apesar do mesmo tema, a arte não é semelhante à “Sinagoga Centro Israelita do Cambuci”. Estas pinturas foram preservados e mantidas, como podemos ver nas fotos, não foi possível conservar as pinturas que havia no teto.
Dois leões ladeiam as Tábuas com os Dez Mandamentos, situados sobre o Aron Hakodesh.
A Bimá, em piso elevado, em madeira, Aron HaKodesh, Paróchet, Menorót, Bancos em madeira, com detalhe lateral de Maguen David, e pequeno armário para sidurim, cada banco possui uma pequena placa de identificação do antigo frequentador.
Janelas, situadas em uma das laterais da edificação e ao fundo desta, vidros translúcidos, alguns em tons de azul.
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