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A Pontal Calçados conta com uma rede de 48 lojas, a maioria localizada melhores shoppings de São Paulo. Mas a história que fez da Pontal uma das redes mais conceituadas do país não começou do alto. Foram anos de luta e muito trabalho até a abertura da primeira loja há 52 anos. Aos 14 anos, Manoel Kherlakian Neto, hoje presidente da rede de lojas, já cumpria um pesado expediente na fábrica de calçados de seu avô, Calçados Makerli, considerada uma das maiores indústrias de calçados do Brasil. Manoel trabalhou por 10 anos e passou por todas as áreas. Desde a produção, passando pelo setor administrativo, departamento pessoal e contas a pagar.
Os anos no interior da fábrica deram ao senhor Manoel uma imensa experiência no ramo calçadista. Ele considera esse tempo “uma espécie de universidade familiar”, onde pode aprender os princípios básicos da produção e negociação de calçados dentro do ambiente da família. Hoje, as lojas da rede têm em média de 300 a 500m². A maioria delas estão localizadas pelos principais shoppings centers do estado de São Paulo. Atualmente, a rede conta com 48 lojas, com venda mensal de 300 mil pares e peças. Um número muito superior aos 1000 pares vendidos por mês nos primeiros anos da empresa.
A rede também conta com uma extraordinária equipe de compras que busca sempre produtos de qualidade e de moda atual, além de modelos trazidos com exclusividade da Europa. Um dos maiores segredos do sucesso da Pontal é o bom relacionamento.
Para isso a orientação principal repassada a toda a equipe é de que “o patrão é o cliente”. Manoel garante que os 1.300 colaboradores, entre supervisores, gerentes e vendedores, são treinados para servir o cliente com excelência, e preparados para fazer de cada atendimento o melhor dos atendimentos. “Em qualquer atividade, principalmente no varejo, as empresas vão mal quando a direção perde o foco no cliente, e isso é percebido pela equipe que age também da mesma forma. Aí a coisa desanda. Sabemos que não existe cliente fiel e sim clientes satisfeitos. Esses voltam sempre”, deixa a dica o empresário.
Nestes 52 anos de trabalho, fatos engraçados que aconteceram deixaram aprendizados para a vida toda. Nas primeiras compras, Manoel lembra que adquiriu um lote de bota ortopédica infantil até o número 42. Depois de algum tempo percebeu que nunca venderia esse número. Mas um dia entrou um hippie e comprou dois pares. “Parecia um milagre”, conta. “A profissão de lojista no setor calçadista é sobretudo uma vocação”, diz Manoel. “É a busca de produtos que o cliente quer comprar pelo preço e qualidade desejada e sobretudo com atendimento profissional e amigo”, completa.
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